segunda-feira, 16 de abril de 2012

SERTÃOZINHO VAI À AUDIÊNCIA PÚBLICA E PEDE ÁGUA AO GOVERNADOR

Neste sábado (14), ocorreu uma audiência pública na cidade Guarabira onde contou com a presença do Governador do Estado, seus secretariados, deputados, prefeitos, vereadores, associações e sociedade em geral.
a comunidade ESertãozinhense não mediu forças e foi até para pedir o abastecimento de água de Sertãozinho que há anos vem causando sofrimento a esta população.
Cada cidade tinha um representante para apresentar a prioridade do seu  município e defender  o pedido. Quem apresentou a pedido de Sertãozinho foi o Conselheiro Alexandre Oliveira que pediu diretamente em nome de todos sertaozinhense a ampliação do abastecimento de água pra Sertãozinho; a cosntrução de estradas para Serra da Raiz e investimento na cultura para as cidade da região.
Vale ressaltar que os pedidos feitos nessa audiência só vai entrar no orçamento do ano que vem por isso a expectativa de resolver o problema da água só em 2013.

Confira imagens e o relatório que foi enmtregue pessoalmente por Alexandre ao Governador.

A Água em Sertãozinho

         Sertãozinho tornou-se Vila de Duas Estradas em 1961, porém só foi emancipada em 29 de abril de 1994. Ainda como Vila, o povoado dispunha apenas de 1 (uma) caixa d’água para abastecer aos mais de 3 mil habitantes, a até hoje é graças a essa caixa d’água  que algumas ruas, dessa cidade são abastecidas pela distribuição de manobras, ou seja a água chega as residências um dia outro não.
Com uma população urbana que conta já com quase 3 mil habitantes, o abastecimento de água em Sertãozinho, atualmente, acontece por meio da: CAGEPA, carro-pipa e abastecimento contratado.
Onde há rede de abastecimento de água da CAGEPA atende cerca de 965 moradias sendo que, só consegue levar água para cerca de 750 residências e cerca de 215 casas foram cortadas por que não consegue chegar água da Caixa D´água até elas. Estes moradores entraram num acordo com um proprietário de um açude vizinho a cidade e estar distribuindo água para estes moradores e cobrando uma taxa de R$ 20,00 por uma água que sem ser tratada põe em risco a saúde da população.
Água que chega ás torneiras e consumida pelos moradores do conjunto Pedro Vieira


Moradores pegando água do carro-pipa

Moradores pegando água do carro-pipa

Moradores pegando água do carro-pipa


Moradores pegando água do carro-pipa

Moradores pegando água do carro-pipa

Moradores pegando água do carro-pipa

Moradores pegando água do carro-pipa

Moradores pegando água do carro-pipa
         Vale ressaltar que toda infra-estrutura para fazer o abastecimento de água de algumas ruas da cidade vem da caixa d’água através de canos de 60mm de espessura, além do mais, nas regiões altas a água não tem pressão para chegar nas torneiras. A exemplo, do Conjunto Pedro Vieira que possui a rede, mas não consegue chegar água.
         O restante da cidade, a exemplo do Conjunto Creuza Arruda, o abastecimento é feito exclusivamente pelo carro-pipa apenas 2 vezes por semana. Muitos moradores já reclamam que a água não é suficiente e buscam água no açude dos Teles para usarem para lavar e tomar banho, enquanto que a da pipa, guardam para beber e cozinhar, conforme o depoimento de um morador:
A situação é muito difícil. O sofrimento é grande. A água só chega através da pipa duas vezes por semana. É 1 (uma) pipa d’água para cerca de 100 (cem) famílias, não dá pra nada. Outro problema é que não tem horário certo para a pipa chegar. É criança, é gestante, é velho é todo mundo na luta carregando água da pipa até suas casas. Já foi feito várias abaixo-assinados e nada foi rresolvido. Eu mesmo gasto cerca de R$ 70,00 por mês só com água. É água mineral e água para o tanque para o gasto de casa. Isso só com o bolsa renda, porque não tenho emprego, às vezes quando aparece um bico aí é que ganho algum dinheirinho. Aqui o pessoal tá comprando 500 litros de água a R$ 10,00. O problema é sério.
(João Gabriel da Silva, 58 anos. Morador do Conjunto Creuza Arruda – Sertãozinho/PB.
      O mesmo acontece com as ruas próximas ao campo de futebol. Outros moradores compram água e guardam em reservatórios: cisternas e caixas d’águas. Moradores reclamam que não podem trabalhar porque tem que ficar em casa aguardando o carro-pipa se não fica em casa. Outro problema é com as crianças que para ajudarem os pais acabam carregando baldes pesados de água para suas residências pondo em risco sua saúde física.
Em algumas ruas a prefeitura pôs caixa d’água para reservatório de água onde o carro pipa abastece e os moradores vão até elas buscar água a mão, em carro de mão. Mas há um grande descuido com estes reservatórios que não são lavados frequentementes e um deles está sem tampas correndo o risco de criar dengue acumular poeira e/ou lixo levados pelo do vento, conforme relatou uma moradora:
A nossa situação não está nada bem na convivência com a água. Não tem hora certa para o carro-pipa chegar, a gente tem que ficar esperando. Além disso tem uma caixa d’água em nossa rua onde a pipa deposita a água há meses está descoberta. Já reivindicamos várias vezes a prefeitura e nada de tampar. Está lá sem tampa correndo o risco de criar dengue e se enchendo de poeira que vem com o vento e animais que cai dentro como passarinho e lagartixa que já foi encontrado morto dentro da caixa d’água. Há 10 anos que moro nessa rua e o sofrimento por água só tem piorado. Moramos ao lado do campo onde, todo dia vem 2 (duas) pipas d’águas para regar a grama e a gente só tem 1 (uma) pipa d’água e não é todo dia.
Maria Ferreira da Cruz, 60 anos, Aposentada, moradora da Rua João Felipe Neto – Sertãozinho/PB.
Caixa d'agua descoberta da Rua João Felipe Neto - Sertãozinho/PB



         As escolas também sofrem com a situação. A exemplo da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio João de Freitas Mouzinho que por ter um reservatório pequeno e a água chegar em dias alternados, as descargas dos banheiros são feitas a baldes. A escola possui uma estação de água mas não vem sendo utilizada porque a água que chega, um dia, outro não, não tem pressão nos bebedouros. Nesta escola a água de beber é colocada em garrafas PET no freezer para depois consumida pelos alunos.

Rede de esgoto
         Com todo esse caos da água, ainda vivemos com um grande problema em nossa cidade que o sistema de esgoto. Este aqui não há tratamento e grande parte é despejado diretamente a céu aberto num antigo açude conhecido como Açude de Maria Batista. Além disso, há mais 3 açudes ameaçados com a poluição da rede de esgoto: como o açude dos Teles de onde muitos moradores da cidade fazem uso desta água para limpeza de casa, roupas, etc.

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